O mercado de e-commerce no Brasil vive uma era de consolidação e disrupção ao mesmo tempo. O Relatório de Setores do E-Commerce – Março de 2025, divulgado pela Conversion, revela números impressionantes, insights estratégicos e tendências que merecem atenção dos lojistas digitais.

Com base em dados da SimilarWeb e da análise de mais de 2.000 sites, o relatório revela quem lidera, o que está mudando e como se destacar num dos mercados mais promissores do mundo.

E-Commerce Brasileiro: Crescimento desacelera, mas não para

Após um janeiro recorde, fevereiro registrou queda de 10,7% no volume de acessos, impactado principalmente pelo retorno das aulas e da rotina. Ainda assim, 32,1 bilhões de acessos foram registrados nos últimos 12 meses — a maioria (78%) via smartphones.

Isso confirma uma tendência que veio para ficar: o mobile first é realidade, e investir em apps e sites responsivos é obrigatório para continuar relevante.

Destaques por setor: quem está crescendo e quem precisa reagir

• Importados: Temu, Shein e AliExpress dominaram o setor. A Temu, inclusive, já ultrapassou todas as asiáticas, com mais de 151 milhões de acessos, se tornando o novo titã do cross-border commerce.
• Cosméticos: O setor se manteve quase estável (-0,1%), com a Natura assumindo a liderança, crescendo 42,6% nos acessos e desbancando O Boticário.
• Presentes & Flores: Registrou seu 2º melhor mês da história, com destaque para a Giuliana Flores, que cresceu 20%.
• Moda & Acessórios: Enfrentou retração de -12,6%, com Lojas Renner ainda dominando, mas com crescimento expressivo da Reserva.

O poder dos apps no e-commerce

Enquanto o tráfego via desktop caiu, as visitas via aplicativos cresceram 11,37% em um ano. Atualmente, 22,9% de todos os acessos são via apps Android — um número que não para de subir.

Essa mudança reforça a importância de criar experiências fluidas, rápidas e personalizadas em aplicativos móveis, onde o consumidor está cada vez mais presente.

Quem domina o tráfego?

Apenas 10 e-commerces concentram 53,2% de toda a audiência do e-commerce no Brasil:

• Mercado Livre (12,5%)
• Shopee (8,8%)
• Amazon Brasil (6,9%)
• Temu, Magazine Luiza, OLX e Samsung vêm logo atrás.

Ou seja, o varejo digital está cada vez mais concentrado, e pequenos lojistas precisam apostar em nicho, branding e conteúdo estratégico para competir.

Tráfego pago x tráfego orgânico: quem vence?

O relatório reforça que as buscas (orgânicas + pagas) são o canal mais importante de entrada no e-commerce:

• Tráfego direto: 49,7%
• Busca orgânica (SEO): 25,1%
• Busca paga (Google Ads): 17,9%

Além disso, 77% dos brasileiros confiam mais nos resultados orgânicos do que em links patrocinados, reforçando o valor do SEO de longo prazo.

Setores em retração e oportunidade

• Educação e Papelaria: -16,4%
• Turismo: -24,2% após pico em janeiro
• Itens Automotivos: -19,5%

Apesar da queda, setores como turismo e educação têm alto potencial de recuperação com campanhas sazonais, SEO e conteúdo educativo.

O que o seu e-commerce precisa aprender com o relatório?

1. Mobile First: Se mais de 78% dos acessos são via celular, o seu site precisa carregar rápido, ser funcional e ter boa navegação mobile.
2. Invista em SEO: O tráfego orgânico é vital para reduzir CAC e gerar vendas recorrentes. Otimize páginas de produtos, blogs e categorias.
3. Use dados a seu favor: O relatório mostra que quem analisa, age. Faça testes A/B, revise seu funil e use ferramentas como Kommo CRM para automatizar o relacionamento com leads e clientes.
4. Esteja nos marketplaces certos: Shopee, Amazon e Mercado Livre são canais poderosos, mas para escalar com margem, você precisa também da sua loja virtual própria — e aqui a Nuvemshop brilha.
5. Tenha uma estratégia omnichannel integrada com ERP e CRM para controlar estoque, pedidos e atendimento de forma eficiente.

Conclusão

O relatório da Conversion é uma aula de dados para quem quer crescer no e-commerce. Ele mostra que mesmo com oscilações mensais, o setor continua em expansão — e quem investe em branding, tecnologia, dados e experiência sai na frente.

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